Conheça quatro super produções que abordam o feminismo e são baseadas em fatos reais
Vamos te mostrar como é possível aprender sobre o movimento feminista, se emocionar com histórias verdadeiras e ainda praticar um idioma estrangeiro com essa lista preparada especialmente pra você e pra sua melhor amiga.
Já se sabe há décadas que a indústria cinematográfica é um ambiente machista e majoritariamente masculino, com produções pensadas para educar mulheres desde a sua infância a se encaixarem em estereótipos de gênero. Mas, ao longo de toda a história do cinema, inúmeras diretoras e produtoras ousaram desafiar essa norma velada do mercado do entretenimento e resistiram em sua existência. Assim como outras mulheres em diversas áreas sociais, que movimentaram as estruturas do patriarcado e deixaram seu legado na história do movimento feminista e do mundo como conhecemos hoje.
Neste post, trazemos a você grandes histórias reais de mulheres que provocaram o sistema machista e mudaram a ordem das coisas, protagonizando movimentos de resistência em todo o planeta e sendo hoje representadas nas telonas de cinema. Envie essa lista para sua melhor amiga e conheçam juntas os relatos de mulheres fantásticas que inspiraram tantas outras na Ciência, na História, na Comunidade LGBTQIA+ e que, com certeza, irão inspirar vocês também.
- Estrelas Além do Tempo (Hidden Figures, 2016)
Com texto da roteirista Allison Schroeder, o longa com a trajetória de três mulheres negras que contribuíram imensamente para os estudos sobre física e matemática dos Estados Unidos numa época onde o país vivia um doloroso processo de emancipação das leis de segregacionismo racial. A escritora do best seller homônimo, Margot Lee Shetterly, narrou a o processo das cientistas da NASA que foram as responsáveis por nada menos do que enviar o primeiro ser humano à atmosfera da Terra num experimento sem precedentes na história da humanidade.
Sinopse: Em plena Guerra Fria, Estados Unidos e União Soviética disputam a supremacia na corrida espacial ao mesmo tempo em que a sociedade norte-americana lida com uma profunda cisão racial, onde negros não podem frequentar mesmos locais que brancos. Tal situação é refletida também na NASA, onde um grupo de matemáticas negras é obrigado a trabalhar a parte. É lá que estão Katherine Johnson (Taraji P. Henson), Dorothy Vaughn (Octavia Spencer) e Mary Jackson (Janelle Monáe), três grandes amigas que, além de provar sua competência dia após dia, precisam lidar com o preconceito arraigado para que consigam ascender na hierarquia da NASA.
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- Mary Shelley (Mary Shelley, 2017)
Conhecido como o primeiro conto de ficção científica da história, Frankenstein foi escrito pela romancista, ensaísta e dramaturga britânica Marry Shelley, precursora no campo da Literatura Fantástica. Porém, sua trajetória de vida foi marcada por boicotes e apagamento do seu talento, já que em pleno século XIX as mulheres ainda viviam sob a sombra dos nomes de seus maridos. Essa realidade foi responsável, durante muitos anos, que a obra Frankenstein fosse creditada ao esposo de Mary, Percy Shelley.
Filha do filósofo William Godwin e da escritora feminista Mary Wollstonecraft, Shelley é hoje considerada mãe da ficção científica e do gênero terror como conhecemos. O longa é uma cinebiografia assinada por dois nomes femininos de peso do cinema: a diretora Haifaa Al Mansour e a roteirista Emma Jensen, além de protagonizado pela atriz Elle Fanning.
Sinopse: No início de século XIX, Mary Godwin conhece um amigo do pai, Percy Shelley, um homem casado por quem se apaixona. Acabam por fugir os dois para viajar pela Europa e Mary engravida. De volta a Inglaterra, são hostilizados pela relação e pelas ideias progressistas que passam a defender. Em 1918, após dois anos e a morte prematura da filha de ambos, para escapar à crescente marginalização e opressão de que vão sendo vítimas, decidem fugir para a casa de Lord Byron, no Lago Genebra. Durante a estadia, este poeta lança o desafio aos hóspedes para que escrevam contos de terror. Surgiria assim o célebre romance gótico “Frankenstein”.
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- As Sufragistas (Sufragette, 2015)
De um lado homens clamam contra o direito de voto das mulheres, do outro personagens femininas atiram pedras em vitrines enquanto gritam pelo direito a eleger seus governantes. O longa, dirigido por Sarah Gavron e pela roteirista Abi Morgan, retrata o contexto histórico e político que tem como protagonista Maud Watts (Carey Mulligan), uma mulher sem formação política e acostumada à opressão masculina, mas que começa a questionar o sistema descobrindo seus direitos como cidadã e começando uma revolução na política mundial.
Sinopse: No início do século XX, após décadas de manifestações pacíficas, as mulheres ainda não possuem o direito de voto no Reino Unido. Um grupo militante decide coordenar atos de insubordinação, quebrando vidraças e explodindo caixas de correio, para chamar a atenção dos políticos locais à causa. Maud Watts (Carey Mulligan), sem formação política, descobre o movimento e passa a cooperar com as novas feministas. Ela enfrenta grande pressão da polícia e dos familiares para voltar ao lar e se sujeitar à opressão masculina, mas decide que o combate pela igualdade de direitos merece alguns sacrifícios.
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- Elisa e Marcela (Elisa y Marcela, 2015)
Para relatar como aconteceu o primeiro casamento entre duas mulheres na história da Europa, em 1901, a diretora Isabel Coixet investe em focar na paixão incontrolável e na união de destinos que foi o encontro das verdadeiras Elisa e Marcela, mulheres lésbicas do século XIX que foram capazes de burlar as leis para viver sem amor e casar na Igreja.
Sinopse: Em 1910, acontecia na Igreja de San Jorge, na região de Coruña, na Galícia, um casamento inesperado entre Elisa e Marcela. Para driblarem as regras locais e poderem se casar, Elisa forja documentos de um parente falecido e se passa por um homem para viabilizar a primeira união homossexual da Europa.
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Texto: Lívia Mendes
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