Conhecido como dia da mulher, o 8 de março, não é uma data comercial para presentear mulheres. Cada vez mais, a data oficializada em 1975 pela ONU como o dia Internacional da mulher, ganha espaço para conversas sobre igualdade de gênero. Afinal, quando falamos de igualdade de gênero, estamos falando de feminismo. Sendo bem simples, bell hooks explica: “feminismo é um movimento para acabar com sexismo, exploração sexista e opressão.”
bell hooks
E falando nela, bell hooks, (eu não digitei errado). A norte-americana, do Kentucky, prefere que seu pseudônimo seja escrito todo em letras minúsculas para que a atenção dos leitores seja concentrada em sua mensagem. Com mais de 60 livros publicados, a jovem de 68 anos, definiu o feminismo, escreveu um livro sobre o amor, e da aula sobre antirracismo. Se você se encantou, e quer ler bell hooks, eu sugiro começar com o livro de cabeceira, “o feminismo é para todo mundo, políticas arrebatadoras”. Esse livro é curtinho, fácil de ler, e como a autora mesmo explica, o objetivo dela é ser um manual rápido para ensinar sobre o feminismo. Ah, e já que estamos numa escola de idiomas, a versão em inglês é essa aqui: Feminism Is for Everybody.
Naomi Wolf
Nossa próxima autora, também é norte-americana, e seu bestseller foi escrito nos anos 1990, e até hoje faz sucesso. Em O Mito da Beleza, Naomi Wolf explica como a sociedade patriarcal, criou mecanismos para nós, mulheres, odiarmos nossos corpos. O livro também conta como que buscamos um padrão inalcançável de beleza, e isso nos faz perder tempo e dinheiro para que dessa maneira, o homem continua no poder. Mais além, Naomi, embasada em teorias, explica sobre a competição feminina, o envelhecimento, e até monogamia
Sibilla Aleramo
E não é só nos Estados Unidos que tem autora feminista. Na Itália, um dos grandes nomes é Sibilla Aleramo. Conhecida por suas obras biográficas sobre a vida das mulheres, Sibilla, além de escrever, lutou pelo direito de voto das mulheres, e ajudou no combate à exploração sexual. Em 1906 ela publicou seu primeiro livro, Una donna, onde a narradora começa a reconhecer as semelhanças entre sua própria situação e a situação de sua mãe e das mulheres ao seu redor. Com isso, ela se convence de que deve escapar de seu destino. Sem vergonha e notavelmente à frente de seu tempo, Una donna é um marco na literatura feminista europeia.
Simone de Beauvoir
É muito difícil falar de feminismo sem falar de Simone de Beauvoir. A escritora francesa foi considerada uma das maiores teóricas do feminismo moderno. Filósofa, intelectual, ativista e professora, Beauvoir fundou a revista “Os Tempos Modernos” (Les Temps Modernes), junto com Sartre, Merleau-Ponty e Raymnond Aron. Integrante do movimento existencialista francês, Beauvoir contribuiu muito para a luta de igualdade de gênero. Publicado em 1949, “O segundo sexo” (Le Deuxième Sexe) aborda sobre o papel da mulher na sociedade e a opressão feminina num mundo dominado pelo homem.
Djamila Ribeiro
E pra representar o Brasil, é óbvio, tinha que ser ela, Djamila Ribeiro. Se você ainda não ouviu falar da Djamila, pare agora e compre Pequeno Manual Antirracista. Djamila é filósofa, mãe, escritora, professora e mora no meu coração. O Pequeno Manual Antirracista é aquele livro que deveria ser ensinado nas escolas. E para contribuir ainda mais com a luta antirracista, Djamila escreveu “Quem tem medo do feminismo negro?”, que explica as dificuldades de ser uma mulher negra no Brasil, trazendo exemplos reais de objetificação, terrorismo. Ela traz de uma maneira simples e fácil de entender , problemas sociais, raciais, e estruturais que fazem a gente sair da nossa bolha. Esse livro fez eu entender os meus privilégios como mulher branca. Djamila Ribeiro é aquela mulher que me dá orgulho de ser brasileira.
Se você se interessou em ler um desses livros no idioma original, e quer melhorar seus conhecimentos, venha fazer uma aula experimental gratuita.